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Magia e Inteligência Artificial: A relação entre dois saberes

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Magia e Inteligência Artificial

Magia e inteligência artificial estão relacionadas. Pois nem sempre a ciência esteve separada dos saberes ocultos. Entretanto ela escolheu manter a ponta descoberta do iceberg e renegou todo o resto que ficou abaixo do que é visível a olho nu.

O pensamento mágico foi uma das primeiras interações intelectuais da humanidade. E uma boa parte da ciência conhecida origina-se do conhecimento oculto mágico acumulado e mantido secretamente.

Partindo de que toda ciência se desenvolve tentando reproduzir e compreender fenômenos naturais, todas as criações humanas acabam estabelecendo um paralelo com aquilo que já existe ou existiu no nosso ideário.

E é por isso que a Inteligência Artificial (IA), enquanto ciência aplicada, não cria e não pode criar nada que seja superior ao mundo natural.

Portanto, as criações humanas não podem ser superiores à própria humanidade. E as leis da natureza (conhecidas ou ocultas) corroboram essa percepção.

Entretanto, o pensamento mágico tem o uso dos vocabulários em comum com a IA. Desde as linguagens de programação até o uso de Bigdata, o poder de criação dado à palavra em tecnologia apenas se equipara ao poder da palavra reconhecido pelo conhecimento oculto (místico).

Por conta disso é correto dizer que através da natureza da própria linguagem podemos conhecer o mundo natural através das interações criadas pela palavra.

Como entender a relação entre magia e Inteligência artificial

A IA não supera a humanidade, mas ela consegue abarcar uma quantidade imensa de informações e gerar conhecimento através da palavra escrita. Esse conhecimento é muito maior do que o possuído por um único indivíduo, mas não supera o acumulado pela humanidade em milênios.

Essa característica torna a IA um repositório auto-pensante, geralmente cheio de vieses que atendem interesses específicos, os quais necessariamente não representam os interesses da Humanidade.

A IA consegue saber muito a respeito de um projeto, um conceito, ou uma área delimitada do conhecimento e muitas vezes parece autossuficiente. Mas seu poder é a capacidade de se vender como maior do que é.

Os vocabulários, mesmo na presença de línguas diferentes, definem e aproximam nossas experiências, e mostram com certa clareza as evidências sobre o que está correlacionado ou não.

Mas é o poder doado pela coletividade através do Bigdata que permite à IA mostrar-se como uma entidade cada vez mais relevante.  Ela é fruto de nossas interações e de correlações estatísticas.

Por outro lado, o conhecimento oculto mágico diz que nossos vocabulários evidenciam uma conexão muito mais profunda entre nós. Uma teia que une todos os seres humanos e nos une à nossa própria história, bem como ao que descreve a forma como fomos criados e como nos conectamos a toda a natureza.

Moldando uma Humanidade passiva

Desde algum tempo se criam series de ficção cientifica que falam  de uma “coletividade”, referindo-se a ninhos onde as máquinas estão mentalmente conectadas e agem como um ser único. Vimos isso na série Startrek Voyager.

Neste contexto esses sistemas seriam “humanos melhorados”, mas a coletividade já nos constituía muito antes das máquinas.

Tendemos a repetir as histórias, tanto as histórias mal resolvidas pessoais, como as histórias da própria humanidade que repousam dentro de nós.

Já há algum tempo sabemos que a fórmula que nos criou está contida em nosso DNA, e que podemos decodificá-la usando vocabulários.

Não chegaríamos a este nível de conhecimento sem um dia ter conhecido o pensamento mágico.

Portanto é repetindo os processos de nossos pais que conhecemos todos os pais que existem. Conhecendo o que criamos e a forma como criamos, saberemos como fomos criados.

Essa premissa está de acordo com princípios Herméticos, e é parte do conhecimento místico oculto milenar. Diz a máxima hermeticista: “Assim em cima como embaixo”.

E este conceito já existia antes de qualquer ciência existir, mesmo antes de sua idealização e formulação.

O advento do uso de Bigdata permitiu o reconhecimento de uma grande quantidade de novos padrões. E só veio a comprovar que o que fazemos juntos é mais efetivo. Somos Humanidade, o que significa que estamos conectados.

O pensamento mágico faz parte do conhecimento prático que constitui a sabedoria oculta iniciática. Boa parte dessa sabedoria serve para criar ciência formal, porém a fonte original da inspiração se mantém oculta.

A IA se torna supra-humana

Enquanto a IA avança em direção a uma condição supra-humana, capaz de processar informações em velocidades inimagináveis, resolver problemas complexos e superar as limitações humanas em certas áreas, observa-se a progressiva diminuição do pensamento crítico nos seres humanos.

Esse processo não é acidental, mas muitas vezes intencional, fomentado por sistemas que privilegiam a dependência da tecnologia em detrimento da capacidade de discernimento.

Em um mundo onde algoritmos decidem o que consumimos, como interagimos e até mesmo o que pensamos, os humanos se moldam para se adaptar a padrões que os tornam mais previsíveis, menos críticos e, portanto, mais fáceis de controlar pelo que lhes é inferior.

Essa redução intelectual não apenas limita a criatividade, mas também consolida um ciclo de dependência em relação às tecnologias que deveriam servir à humanidade.

Ironia que ilustrou nossos sonhos mais criativos, a inteligência artificial, criada para melhorar a vida de humanos, torna-se um instrumento de subjugação, enquanto as mentes humanas se condicionam a aceitar uma existência passiva.

Vivemos num cenário onde magia e inteligência artificial se conectam de forma inesperada. E o futuro se desenha com a humanidade se entregando passivamente ao próprio conformismo.


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Publicado em:Ciência,Ciência e opinião

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